Artista morreu na manhã deste sábado, aos 45 anos, no Rio de Janeiro.
A morte do cantor e compositor MC Marcinho, aos 45 anos, foi lamentada por artistas e autoridades neste sábado (26), que destacaram a importância de seu trabalho para a música brasileira. Marcinho estava internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro há cerca de dois meses e, após piora, teve falência múltipla dos órgãos.
Conhecido como príncipe do funk, Marcinho é um dos principais nomes do funk melody, gênero com letras românticas e batida mais lenta. O cantor fez grande sucesso desde o fim da década de 1990, e sua música mais conhecida é Glamurosa.
A cantora Tati Quebra-Barraco, uma das precursoras da participação de mulheres no funk, declarou seu carinho por Marcinho nas redes sociais e lamentou passar por um segundo luto em menos de um mês, referindo-se à morte de MC Katia.
O DJ Malboro, também consagrado no funk carioca, lembrou quando trabalhavam juntos e como a voz marcante de Marcinho imprimiu sua identidade nos hits que gravou:
“Se quiser falar de amor, fale com o Marcinho. Voz única, inconfundível, tipo de artista que o radialista não precisava anunciar quem cantava ao final de tocar sua música, era automático as pessoas ouvirem sua voz e já dizer Mc Marcinho”.
Popularização do funk
Potente divulgadora do funk carioca e brasileiro no exterior, a cantora Anitta também homenageou MC Marcinho e sua importância para o crescimento da popularidade do gênero musical.
A cantora Valesca Popozuda agradeceu a MC Marcinho pela amizade e desejou que o legado do príncipe do funk seja eterno.
“O príncipe do funk precisou descansar. Tanta gente que fez história no funk partindo, que o legado do MC Marcinho seja eterno. Ele descansou porque lutou muito. Meus pêsames a sua família, amigos e fãs!! Esse fez história”.
Perda imensa
As homenagens vieram também de grandes nomes da música que não são do funk, mas reconhecem o destaque que MC Marcinho teve para a cultura brasileira. Gilberto Gil destacou que sua morte é uma perda imensa para a música negra brasileira.
“Uma perda imensa para o mundo do funk e da música negra brasileira. MC Marcinho foi um pioneiro que influenciou gerações e enriqueceu a nossa cultura. Nossos sentimentos à família e aos fãs”, diz texto assinado por sua equipe.
Já o rapper Marcelo D2 destacou que Marcinho marcou época e se tornou um pilar do funk carioca e da música brasileira.
Príncipe do funk
O governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou uma nota de pesar pela morte de MC Marcinho, ressaltando que o cantor “embalou diversas fases da vida de muitos com suas canções, foi inspiração para outros funkeiros, abriu portas, contagiou com sua alegria e levou a cultura da favela para o mundo”.
“Suas letras, que não saíam da boca do povo, o consagraram como: Príncipe do funk. Título mais que justo, para quem foi um dos precursores do estilo no Brasil. Uma grande perda para todos nós. Obrigado por todo talento e por ter se tornado um ícone da cultura fluminense. Que Deus fortaleça todos os familiares, fãs e amigos”, diz a nota assinada pelo governador, Cláudio Castro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, classificou Marcinho como um dos maiores nomes do funk carioca. “Foi um pioneiro que conquistou o Rio e todo o Brasil com sua arte. Meus sentimentos aos fãs e que Deus conforte o coração dos familiares!”. (Agência Brasil)
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