Itaparica vira tema de livro com lançamento dia 25 de julho no Paseo Itaigara.

O livro é uma produção da editora Fábrica das Letras, sob coordenação do jornalista Antônio Moreno.

A cidade de Itaparica passou e vem passando por diversas transformações, (sociais, humanas, urbanísticas etc), mas mantem-se intacta nas lembranças de muitos dos seus antigos moradores e veranistas. Uma dessas pessoas é Silvia Figueiredo Baptista, de 83 anos, que resolveu reunir suas melhores recordações da época em que veraneava em Itaparica no livro “Itaparica de Todos Nós”, cujo lançamento acontece nesta próxima terça-feira, dia 25 de julho, a partir das 17hs, na Livraria LDM do Shopping Paseo Itaigara.

O livro é uma produção da editora Fábrica das Letras, sob coordenação do jornalista Antônio Moreno.

“Quem iria contar as histórias de uns e de outros? Rir dos “causos” que nós mesmos presenciamos ao vivo e a cores? Relembrar os personagens itaparicanos e seu folclore? Não podemos deixar morrer essa riqueza, não devemos! Assim, estou aqui, como voluntária, na tentativa de registrar e relembrar algumas histórias e um pouco da vida da Ilha de Itaparica a partir do fim dos anos 1920 do século passado, quando começou a ligação de minha família com esta terra”, depõe Silvia Baptista.

Para dar forma ao seu trabalho, que consumiu mais de 200 páginas, Silvia dividiu o texto utilizando diversos marcadores, seja de tempo, seja de particularidades dos acontecimentos. O resultado são capítulos extremamente deliciosos de se ler por seu conteúdo curioso, espirituoso e até histriônico. “É uma coletânea de crônicas cheias de lembranças, recordações, momentos e saudades de um passado/presente muito vivo”, diz ela, que autografará a obra no dia do lançamento.

Conta a autora que seu pai, ainda estudante de Medicina, alugava uma casinha nas Quintas, em Itaparica, com amigos, pelo ano inteiro, começando, assim, a sua ligação com a ilha e seu povo. Daí a vir com a família foi um pulo, “e nos tornamos assíduos veranistas”. Aliás “invernistas” também, pela facilidade de o navio, aos sábados, sair de Salvador às 14h retornando no domingo às 17h.

Segundo ela, as histórias documentadas no livro são fruto da visão de quem frequenta Itaparica com bastante regularidade há mais ou menos 80 anos, sem interrupção, sempre em contato com seus moradores e vivendo o dia a dia dessas pessoas.

“Este não é um livro de memórias, é o resultado do que ficou como lembrança de grandes momentos. Não houve pesquisas bibliográficas (confesso algumas olhadinhas no Google), nem entrevistas com antigos moradores ou veranistas. Tudo é o que ficou retido na memória. Posso garantir que não há coisas inventadas e, sim, alguns nomes preservados, desde que não viessem a comprometer a autenticidade dos fatos.”