Em novembro de 2020, o ferry-boat “Agenor Gordilho” foi afundado pelo Governo da Bahia. O “Juracy Magalhães” será o próximo.
A Secretaria de Turismo da Bahia (Setur) abriu licitação para contratar a empresa que fará o afundamento de de mais um ferry-boat na Baía de Todos-os-Santos. Estudos do impacto ambiental também serão feitos pela mesma companhia.
Na operação de afundamento o Governo da Bahia desembolsará cerca de R$ 800 mil.
O ferry que será afundado agora é o “Juracy Magalhães”., que pertence ao patrimônio do Estado da Bahia Completamente sucateado e atracado em uma das gavetas do Terminal de Bom Despacho, o ferry Juracy Magalhães é integra a frota do Sistema Ferry-boat desde 1972.
Vale lembrar que em novembro de 2020, o ferry-boat Agenor Gordilho, da mesma época do Juracy, foi afundado na Baía de Todos-os-Santos, para ”o turismo subaquático”. O ponto de afundamento fica a exato 1,5 quilômetro da costa. Na época, o secretário de Turismo Fausto Franco comemorou muito e considerou o evento como “um grande marco para a Bahia”.
“Este é um grande marco, pois é a primeira vez na história do Brasil que há um afundamento de um ferry-boat desta magnitude. Nós temos a Baía de Todos-os-Santos, que é esse privilégio, com águas quentes o ano inteiro, dentro da cidade, e que não é explorado na sua intensidade. O turismo subaquático existe no mundo inteiro. Normalmente, as pessoas ficam mais dias na cidade que o de costume, gerando emprego e renda. Nós, que temos tantas diversidades e somos tão privilegiados, agora criamos um outro tentáculo, chancelando essa perspectiva de turismo subaquático”, disse.
O principal critério para as empresas participarem da licitação para afundar os próximos navios do Sistema Ferry-boat é serem especializadas em naufrágio controlado. Apenas uma delas será escolhida, e ficará responsável pela retirada de todas as peças, equipamentos e materiais poluentes das embarcações, para evitar danos ao meio ambiente.
A empresa também deverá identificar o melhor local para o afundamento, a partir de uma análise da biodiversidade na baía e liberação da Marinha. Esse tipo de afundamento propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat no mar.
A previsão é que, após o naufrágio controlado, as carcaças dos navios ganhem vida marinha, em um ano. Com isso, o afundamento se transforma também em atrativo para pesquisadores e o turismo de mergulho.
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