Empresários da Ilha de Itaparica Anderson Júnior, da Adcon, Tarcísio Nogueira, da Construilha e presidente da CDL da Ilha e Luana Perrone, da Caiamba em Cacha Pregos, com os diretores da Agerba Coronel Sosthenes, José Paes Campos e Eurico Bonfim Isaac. A Ilha de Itaparicafoi cobrar da Agerba providência para o caótico Sistema Ferry-boat. – Foto: CDL Ilha de Itaparica/Divulgação
O momento não poderia ser mais oportuno do que foi. Segunda-feira, dia 6 de fevereiro, quando dois ferries do sucateadíssimo Sistema Ferry-boat acabavam de se chocar no Terminal de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, causando pânico entre os passageiros. O choque das embarcações foi bizarro e virou meme na internet.
Foi nesse mesmo dia 6 que empresários da Ilha de Itaparica se encontraram com a diretoria da Agerba, na sede da agência, no Centro Administrativo da Bahia. A reunião, agendada pela empresária Lenise Ferreira, da Lyder Material de Construção, teve como objetivo principal cobrar da agência de regulação do Governo da Bahia providências visando a adoção de medidas que pelo menos possam melhorar um pouco, aliviar a caótica situação do Sistema Ferry-boat.
A Agerba é a autarquia do Governo da Bahia encarregada de “fiscalizar” a concessionária Internacional Travessias. Acusada de total omissão, de não fiscalizar nada e de sequer procurar observar as cláusulas do contrato de concessão que tem duração (acreditem) de 25 anos, a Agerba jamais adotou uma medida sequer para garantir os direitos da grande massa que utiliza o Sistema Ferry-boat.
Falar da péssima qualidade de serviço que presta à população da Bahia é chover no molhado para a concessinária. A Internacional Marítima, que aqui foi batizada de “Internacional Travessias”, é do Maranhão, onde já tinha fama de péssimos serviços. Andou também operando a Travessia Santos-Guarujá, no litoral paulista. Foi horrorosa também. Seu dono já foi sócio de Jorge Murad, ex-marido de Roseane Sarney.
Mas nada do péssimo currículo da Internacional Travessias foi levado em consideração pelo então governador Jaques Wagner e por seu secretário de Infraestrutura, o médico ortopedista Otto Alencar. Os dois são os grandes responsáveis por esse caos sem precedentes na história do Sistema Ferry-boat, que tanto maltrata os usuários baianos e que envergonham os turistas. E Rui Costa também.
Foi com o vídeo da quase tragédia que ocorreu na última segunda-feira no Terminal de Bom Despacho, com a batida bizarra dos navios Pinheiro e Maria Bethânia, que as lideranças empresariais da Ilha de Itaparica chegaram na Agerba.
Boas Notícias. Será?
Um dia depois da reunião com os diretores da Agerba, a comissão de empresários da Ilha participou de outra reunião, agora envolvendo representantes da Internacional Travessias.
De imediato, a comitiva da Ilha recebeu a “boa notícia”: no Carnaval, o Sistema-Ferry-boat estará operando com nada menos que seis embarcações. Hoje, o sistema conta com apenas dois ou três navios e a bagunça é generalizada, como mostram diariamente reportagens dos canais de TV.
Depois da reunião na Agerba, a comisão de empresários da Ilha esteve na Internacional Marítima, onde ouviu de seus dirigentes a promessa que no Carnaval o Sistema Ferry-boat irá operar com seis embarcações. Hoje, só tem duas. Foto: Divulgação/CDL Ilha
Só resta torcer para que a concessionária consiga esse recorde histórico. Porque a Ilha de Itaparica merece. A Ilha, que é tão castigada pelos serviços do Sistema Ferry-boat, não pode continuar à mercê desses acidentes quase que diários e ocorridos no sistema.
A população da Ilha, iludida nos últimos 16 anos com a promessa da ponte Salvador-Itaparica, não pode continuar sendo sacrificada e atendida por apenas duas embarcações, como aconteceu ontem, por um serviço tão sofrível como é o atual Sistema Ferry-boat. (Informações do Jornal da mídia)
Leia também…: