Terminal baiano movimentou fica com o melhor desemprenho já registrado entre os portos do Nordeste, movimentando 110 contêineres por hora.
No início de janeiro, o terminal de contêineres (Tecon) do porto de Salvador, unidade de negócios da Wilson Sons, atingiu o recorde de 110 contêineres movimentados por hora (mph – embarque e descarga) durante a operação do navio Corcovado, atracado no novo cais, Santa Dulce dos Pobres, homologado pela Marinha do Brasil no final do ano passado.
O último recorde havia sido alcançado em janeiro de 2018, com 102 mph. A produtividade média por guindaste de cais Super Post-Panamax do tipo STS (ship-to-shore), com 37 movimentos por hora, configura um feito inédito. É o melhor desempenho em mph por equipamento já realizado entre os terminais do Nordeste.
Demir Lourenço, diretor executivo do Tecon Salvador, destaca que os recentes investimentos em infraestrutura para aumentar a capacidade de atendimento e, também, em eficiência tecnológica, operacional e de segurança, são responsáveis por inserir o terminal baiano entre os mais produtivos e atrativos do Brasil.
“O elevado número de movimentações de contêineres por hora tem relação direta com esses investimentos, incluindo o início da operação do novo cais, Santa Dulce dos Pobres, para o qual adquirimos os mais modernos guindastes disponíveis no mercado, com lança de 66 metros e capacidade de içamento a 51 metros, viabilizando erguer até 80 toneladas por vez. São maquinários similares aos que são utilizados nos maiores portos no mundo, como Rotterdam e Los Angeles, por exemplo”, ressalta.
Para otimizar os processos, incluindo o gerenciamento de cargas em pátio e nos navios, o Tecon Salvador conta com um software de gestão que é líder no mercado mundial e utilizado nos terminais das Américas, Ásia e Europa, o Navis N4. O recurso imprime maior acessibilidade de informações a todos que usam o terminal, sendo responsável, também, pela agilidade no recebimento dos caminhões, que levam 40 minutos, entre triagem e gate out (portão de saída do Porto).
Ter uma maior produtividade por hora, reduz o tempo de permanência do navio no terminal, gerando menos custos para os donos dos navios.
O aporte tecnológico, associado a ausência de filas para atracação de navios no porto, aos modernos equipamentos elétricos (guindastes de cais e de pátio), todos com sistema de regeneração de energia (tecnologia capaz de acumular a energia gerada na descida da carga para reutilizar no próprio equipamento), e ao forte investimento na capacitação dos profissionais – somente em 2022, foram 6.000 horas de treinamento -, resultam na melhoria constante da eficiência operacional e satisfação dos clientes usuários do porto de Salvador.
“Ter uma maior produtividade por hora, reduz o tempo de permanência do navio no terminal, gerando menos custos para os donos dos navios (armadores), contribuindo para o cumprimento dos prazos com novas escalas em outros portos. Entre outros indicadores, são elementos que reforçam para o mercado a nossa eficiência operacional e consolidam a competitividade do terminal baiano enquanto interessante solução logística para a cadeia de comércio exterior que conecta o Brasil ao mundo”, completa Lourenço.
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