O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Citando a reportagem do jornalista Aguirre Talento, publicada nesta quarta-feira (21) no portal UOL, o colunista Ricardo Kertzman, do site *O Antagonista* informa que o ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT) seria o verdadeiro dono de uma propriedade rural no interior baiano, que encontra-se oficialmente registrada em nome de uma aliada política.
Localizada na divisa dos municípios de Ipiaú e Itagibá, 360 quilômetros distante de Salvador, a fazenda possui cerca de cem hectares e está avaliada em aproximadamente 1.5 milhão de reais. Se a reportagem estiver correta, Costa, ao não transferir o imóvel, escapou de pagar 2% de Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Coincidentemente, ou não, a região recebeu 42 milhões de reais em verbas oriundas do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), coordenado – também coincidentemente, ou não – pelo próprio ministro Rui Costa. Segundo a reportagem, o UOL procurou o petista, mas não obteve resposta. Nessas horas, vocês sabem, “filho feio não tem pai”.
Know-How Petista
Em um país minimamente sério, isso seria caso para exoneração sumária, senão um próprio pedido de demissão a partir da exposição constrangedora do assunto. Mas estamos em Banânia, terra em que um ex-condenado por corrupção e lavagem de dinheiro – jamais absolvido pela Justiça – ocupa o mais alto cargo do Executivo federal.
Aliás, Lula (para quem não percebeu, o sujeito oculto a que me referi acima) poderia ensinar o amigo a escapar ileso. No caso do sítio em Atibaia, a “alma mais honesta deff paíff”, a despeito de seus pertences pessoais encontrados na propriedade, e até de pedalinhos com os nomes de seus netos, simplesmente disse que não era seu.
O “Pai do Ronaldinho dos Negócios” foi tão convincente, que a Justiça, posteriormente, anulou a denúncia “por falta de provas”. Rui Costa poderia alegar que a pavimentação da rodovia que dá acesso à fazenda – que é dele, mas pode não ser dele -, no valor de 11 milhões de reais, executada pelo seu sucessor Jerônimo Rodrigues (PT), como diria o Padre Quevedo, “no equixiste“.
E pode dizer, também, que seu funcionário – que pode não ser seu -, é um bolsonarista infiltrado, espalhando fake news. A depender da toga amiga que venha a analisar o caso, se houver desdobramentos judiciais, não só lhe assistirá plena razão como o jornalista, responsável pela matéria, será condenado por calúnia, e o funcionário, declarado suspeito.
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