Armas e munições apreendidas pela Polícia Federal em operação contra venda ilegal de armamentos. — Foto: Polícia Federal/Divulgação
A investigação que culminou na prisão do capitão Mauro Grunfeld expôs a existência de uma organização criminosa com a participação de policiais militares da Bahia. Atualmente afastado das atividades e posto em liberdade na quarta-feira (17), o agora ex-subcomandante da 41ª Companhia Independente da PM (CIPM/Federação e Garcia) é apenas um entre pelo menos nove agentes suspeitos de repassar armas para facções.
Conversas interceptadas mostram atuação de capitão da PM-BA em esquema de tráfico de armas para facções criminosas, dizem PF e MP.
O esquema veio à tona em maio, com a deflagração da “Operação Fogo Amigo”, conduzida pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Conforme demonstrado pelos investigadores, os suspeitos desviavam armas apreendidas em operações e compravam novos armamentos em lojas aliadas. Todo o material servia para abastecer o tráfico de drogas e também grupos criminosos que assaltavam bancos e tomavam o controle de cidades para cometer assaltos, seguindo a prática conhecida como “novo cangaço”.
A investigação que culminou na prisão do capitão Mauro Grunfeld expôs a existência de uma organização criminosa com a participação de policiais militares da Bahia. Atualmente afastado das atividades e posto em liberdade na quarta-feira (17), o agora ex-subcomandante da 41ª Companhia Independente da PM (CIPM/Federação e Garcia) é apenas um entre pelo menos nove agentes suspeitos de repassar armas para facções.
Conversas interceptadas mostram atuação de capitão da PM-BA em esquema de tráfico de armas para facções criminosas, dizem PF e MP.
O esquema veio à tona em maio, com a deflagração da “Operação Fogo Amigo”, conduzida pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Conforme demonstrado pelos investigadores, os suspeitos desviavam armas apreendidas em operações e compravam novos armamentos em lojas aliadas. Todo o material servia para abastecer o tráfico de drogas e também grupos criminosos que assaltavam bancos e tomavam o controle de cidades para cometer assaltos, seguindo a prática conhecida como “novo cangaço”.
Em entrevista à TV Bahia, o delegado regional da Polícia Judiciária da PF-BA, Rodrigo Motta, disse que não há dúvidas de que os suspeitos estão “diretamente envolvidos com o crime”. O investigador destaca que a atuação do grupo prejudica o próprio trabalho da corporação militar.
“Com as investigações, a gente pode falar que eram pessoas que, na verdade, estavam ali com a farda de policial, a carteira de policial, mas que, na verdade, atuavam como se fossem bandidos, fornecendo armamentos e munição para facções criminosas”.
Os suspeitos começaram a ser investigados a partir da Operação Astreia, deflagrada em junho do ano passado na Bahia e nos estados de Sergipe e Pernambuco. O objetivo era desarticular um grupo criminoso especializado em tráfico de drogas e homicídios em Juazeiro.
Como lembra o delegado, a facção “atuava de forma muito violenta” para dominar a região, e iniciou uma guerra contra outros grupos. À época, o que mais chamou a atenção da polícia foi o aumento na taxa de homicídios — o Atlas da Violência, divulgado em junho, mostrou o município baiano como o quinto do país com maior taxa estimada de assassinatos em 2022.
Em meio a isso, o avanço das investigações apontou para a “possível existência de organização criminosa envolvida com o comércio ilegal de armas de fogo, munição e acessórios”, especialmente na cidade. Foi assim que, quase um ano depois, a PF chegou aos 19 alvos da “Operação Fogo Amigo”.
Verificou-se que os suspeitos seguiam dois modus operandi:
quando se tratava de armamento usado, os PMs retinham as peças apreendidas em operações policiais e depois revendiam para organizações criminosas;
para obter novos armamentos, os0 operadores do esquema usavam laranjas como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
Fontes: G1 Bahia/TV Bahia. Leia mais
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