Delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca)
O homem preso ontem no bairro da Capelinha do São Caetano, em Salvador, suspeito de estuprar 13 sobrinhas, praticava abusos sexuais contra as mulheres da família há mais de 20 anos. A informação foi divulgada pela delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), nesta terça-feira (30), em entrevista para falar sobre as investigações que resultaram na prisão.
Segundo a delegada, no início do ano passado, a polícia recebeu uma notícia crime que uma criança de 8 anos havia sofrido exploração sexual pelo tio. Em seguida, foi aberto um novo inquérito onde consta que a prima desta menina, de 9 anos, também tinha sido abusada. Posteriormente, outras duas mulheres da mesma família e também sobrinhas do autor, disseram que, quando tinham entre 8 e 9, também foram estupradas por ele.
“Durante o interrogatório, ele [o suspeito] mentiu dizendo que estavam atentando contra a sua honra. Notem que por mais de 20 anos esse homem assediou todas as mulheres da família e as estuprou”, ressaltou Simone Moutinho.
No momento, há quatro inquéritos que citam 10 vítimas, todas elas menores de idade à época dos crimes. Outras três vítimas gerarão novos procedimentos. A delegada ressalta que não se trata de uma prisão em flagrante.
“Foi cumprido um mandado de prisão preventiva e o suspeito está custodiado na Polinter aguardando a data da audiência de custódia”.
Reunião em família
Ainda segundo a delegada, os casos de violência sexual foram descobertos durante uma reunião de família. Os representantes legais das meninas mais jovens resolveram denunciar o crime e isso encorajou as demais vítimas.
“Precisamos ressaltar a importância da quebra do silêncio e da sociedade entender que se essa denúncia tivesse sido feita há um tempo atrás, muitas outras vítimas teriam sido poupadas”, apontou a delegada. As denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes pode ser feita diretamente na Dercca ou através do Disque Denúncia, pelo número 181.
Fontes: Correio e TV Bahia
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