O mutirão atende a população não só no diagnóstico, mas, sobretudo, na solução da questão – Foto: Ivan Dias Marques/Sesab
Uma multidão compareceu no primeiro dia de mais uma etapa do Mutirão de Cirurgias, neste domingo (30), desta vez na estrutura montada no Centro Social Urbano (CSU) de Pernambués, localizado na Rua Thomaz Gonzaga, em Salvador.
A ação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia, é voltada para quem precisa realizar cirurgia de hérnia umbilical, epigástrica e inguinal, além de procedimentos de remoção do útero e de vesícula e prossegue nesta segunda-feira (31), das 8h às 17h.
“A importância do mutirão é a gente atender a população não só no diagnóstico, mas, sobretudo, na solução da questão. A gente precisa resolver de forma eletiva para que não se torne urgência e emergência”, afirma a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que esteve no CSU na manhã deste domingo.
A expectativa era de que cerca de 1.000 procedimentos fossem marcados ao todo. No entanto, a meta de 500 senhas de marcação no primeiro dia foi batida pouco depois das 9h. Ainda assim, os atendimentos continuaram e mais cirurgias foram agendadas. “Nossa capacidade instalada é fazer mais de 1.000 atendimentos por dia, incluindo os exames pré-operatórios para quem tem o indicativo cirúrgico e não tem todos os exames”, explica Edvaldo Gomes, coordenador do Mutirão.
Na triagem, as pessoas passaram por uma consulta com médico cirurgião e, quem não apresentar exames recentes, tem acesso a ultrassom, ECG (Eletrocardiograma) e exames de laboratórios. Para ser atendido, é preciso apresentar RG, CPF, comprovante de residência e Cartão do SUS. Após passar por todo o processo, os pacientes sairão com a cirurgia já agendada. Segundo Gomes, os procedimentos começarão a ser realizados a partir de 15 de agosto no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas.
Felicidade
Aos 51 anos, Rosângela Barbosa, era só felicidade ao conseguir, enfim, marcar sua cirurgia de hérnia umbilical. “Está tudo muito organizado, não teve confusão nenhuma, tudo ótimo. Eu estava querendo marcar essa cirurgia há mais de dois anos. O pessoal está gostando muito do mutirão, está tudo muito ágil”, afirmou.
Convivendo há dois meses com dores, Raquel Menezes, 29 anos, saiu do CSU com a cirurgia de pedra na vesícula marcada e uma expectativa de resolução do problema em breve. “Estou impressionada com a organização, com a divisão por setores e as filas andando rápido, então, creio que está sendo bem eficiente”, conta ela. “Quando vi a oportunidade de marcar a cirurgia, eu disse ‘vamos lá’. É uma oportunidade que não aparece todo dia e todo mundo veio aproveitar”, elogiou.
Mais de 185 mil cirurgias já realizadas
Roberta Santana celebrou a parceria com o Governo Federal em mais uma etapa do projeto. O investimento total é de R$ 247,5 milhões, sendo R$ 220 milhões de investimento do Governo do Estado e R$ 27,5 milhões do Governo Federal. “Nós temos uma grande demanda, mas também, por conta da pandemia, houve um represamento muito grande e, hoje, o que estamos fazendo junto com o governo federal é trabalhar para redução dessas filas”, explica Roberta Santana.
O Mutirão de Cirurgias faz parte do Programa Estadual de Ampliação do acesso às cirurgias eletivas, que busca ampliar a oferta de procedimentos de média e alta complexidade, priorizando a demanda reprimida durante o pico da pandemia da Covid-19 no Estado.
A previsão inicial do programa era de 79 mil cirurgias, mas o número já foi superado. Ao todo, foram realizados mais de 185 mil procedimentos em 89 unidades de saúde. O programa disponibiliza mais de 41 tipos de procedimentos como cirurgias de catarata, remoção de mioma, útero, vesícula, histerectomia, hérnias inguinais, umbilical, epigástrica dentre outros, nas especialidades de cirurgia geral, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia, cirurgia vascular, dentre outras, levando atendimento de qualidade para quem mais precisa.
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