O festival acontece até 31 de março no piso L1 do Salvador Shopping. Foto: Bruno Concha/Secom/PMS
Em mais uma parceria, a Prefeitura, pro meio do programa Salvador Capital Afro, e o Salvador Shopping estão promovendo o Festival Salvador, que visa o fortalecimento e potencialização da conexão preta na indústria criativa e turística na cidade. A atividade faz parte do aniversário de 474 anos da capital baiana e já movimentou, em cinco dias, quase R$55 mil em negócios.
Até o dia 31 de março, quem passar pela área central do piso L1 do shopping encontrará exposições e comercializações de produtos de 15 afroempreendedores da capital baiana. Dentre o nicho presente de produtos estão moda, cosméticos e artes, de marcas como Studio B, BetoeBita, Tons da Terra, Magia Verde, Negrif e Pythia. Além disso, transeuntes poderão desfrutar também de uma programação totalmente gratuita de músicas, danças e apresentações de artistas locais.
Turista de São Paulo, a artista plástica Adriana Ganganel, de 51 anos, afirmou que além da fomentação ao empreendedorismo, o movimento é uma oportunidade de grandes conhecimentos sobre a cultura e arte negra.
“Amei demais, a cada exposição tenho uma aula. Os produtos são de alta qualidade. É um evento importante para dar visibilidade aos empreendedores negros da cidade”.
A dona de casa Cristina Souza, de 43 anos, destacou o interesse pela cultura negra. Ela, que é moradora do bairro de Pernambués, aproveitou o momento oportuno para fazer compras no espaço.
“É necessário demais esse debate sobre a fomentação do afroempreendedorismo na cidade mais negra do país. Isso contribui ainda mais com a expansão desses empreendedores”.
Espaço para negócios
O espaço ainda conta com a central de afroturismo, que dispõe de atendimento para diversos roteiros inovadores, pautados na diversidade da experiência sob perspectiva da cultura afro-brasileira, e um espaço para rodada de negócios. A abertura oficial, ocorrida na última quinta-feira (16), contou a apresentação do grupo afro Ilê Aiyê e com as presenças da vice-prefeita e titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Ana Paula Matos; da secretária da Reparação (Semur), Ivete Sacramento; do titular da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho; da secretária de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordêlo; representantes do Salvador Shopping e demais gestores municipais.
A vice-prefeita destacou que a iniciativa é um momento subjetivo de mostrar o talento e capacidade de afroempreendedores da capital baiana.
“Esse é um momento importante para autonomia e para a construção, e que esses espaços conquistados pelo nosso povo possam ter sustentabilidade, e que tenhamos estratégias para essas lojas poderem ser ocupadas pelos nossos empreendedores. Esse subjetivo está se transformando em história e em oportunidades”, disse Ana Paula.
O titular da Secult reforçou a importância do movimento como uma grande oportunidade de consumo para produtos e arte do empreendedorismo negro.
“Essa é uma ação que pertencente ao Salvador Capital Afro, que é o projeto maior da Secretaria de Cultura e Turismo, através do Prodetur, que coloca o afroturismo e o empreendedorismo de pessoas pretas no foco das ações da cidade”, pontuou Tourinho.
Proprietária de um estabelecimento de produção de tecidos vintage, a empreendedora Jasmim Almeida, de 30 anos, aponta que esse é um momento oportuno de apresentar a sua marca para que outras pessoas possam conhecer, além de fazer contatos e redes com outros afroempreendedores de Salvador.
“Está sendo incrível para todos nós, estamos em um ambiente bem localizado. Tem sido uma troca de experiência muito boa com outros empreendedores, captando novos clientes e apresentando nossos produtos. Esperamos que esse movimento continue fomentando a nossa economia”, reforçou.
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